quarta-feira, dezembro 09, 2009

Jornalismo e participação cívica - um Passo à Frente

No acompanhamento que o jornal britânico The Guardian faz da Conferência de Copenhaga não só disponibiliza os links para as suas fontes e outras citações como apresenta os originais dos documentos em questão como, por exemplo, este texto paralelo à conferência que alguns Estados estão a forjar.
O Contrário disto é um "disse-que-disse" ou apenas um texto interpretativo de um facto, sem lugar a verificação, que nos deixa a meio caminho da verdade e, portanto, da liberdade.

quarta-feira, novembro 11, 2009

Taxas de [alguns] Aeroportos com redução nos Açores

Ora... devem estar a referir-se aos passageiros em transbordo pois os que estão em trânsito directo (cujo voo não muda de nº) já estão isentos.
Referindo-se àqueles e sendo esta medida limitada aos aeroportos "sob gestão da Região Autónoma dos Açores", via SATA SGPS / Sata Aerodromos (Graciosa, São Jorge, Pico e Corvo) e via Secretaria Regional da Economia / Aerogare Civil das Lajes (TER), quer isto dizer que os marienses (entre outros) irão pagar mais 12 Euros (ida e volta) do que os restantes açorianos nas suas deslocações a Lisboa.
Ou seja: Um açoriano que faça GRA/TER/LIS ou SJZ/TER/LIS ou PIX/TER/LIS pagará XXX.
Um açoriano que faça SMA/PDL/LIS pagará XXX+12€.
Caricato é que um açoriano que faça FLO/TER/LIS pagará XXX, enquanto se fizer FLO/HOR/LIS ou FLO/PDL/LIS pagará XXX+12€.

quinta-feira, outubro 29, 2009

De Roosevelt à Internet

Para assinalar a escala de Roosevelt nos Açores, em 1918, a Fundação Luso-Americana (FLAD), com o apoio da Direcção Regional da Cultura do Governo dos Açores, promove o colóquio “Os dias da rádio – de Franklin D. Roosevelt à Internet” no dia 31 de Outubro, às 17h, no Clube Asas do Atlântico. O colóquio realiza-se no âmbito da exposição documental Roosevelt nos Açores, patente até 13 de Novembro no mesmo local.

A abertura está a cargo da jornalista da TSF, Ana Catarina Santos, moderadora do debate, seguida das apresentações de Adelino Gomes, provedor do ouvinte da RDP, João Braga, director do “Baluarte”, João Coelho, radialista do Emissor Regional dos Açores, e Rogério Santos, historiador e professor da Universidade Católica.
O colóquio é antecedido pela apresentação do livro “Os Dabney – Uma família americana nos Açores”, recentemente publicado pela FLAD, e ainda por uma visita guiada à exposição Roosevelt nos Açores, conduzida por Carlos Guilherme Riley, director da Biblioteca Pública de Ponta Delgada e comissário da exposição.

Colóquio e Exposição

“Os dias da rádio – de Franklin D. Roosevelt à Internet”

Clube Asas do Atlântico, Santa Maria

31 de Outubro, sábado, às 17h

Abertura

17:00| Apresentação do livro
“Os Dabney – Uma Família Americana nos Açores”


Exposição

17:30| Visita guiada
Carlos Guilherme Riley (Director da Biblioteca Pública de Ponta Delgada)


Colóquio

18:00
Ana Catarina Santos (Moderadora, Jornalista da TSF)

Introdução ao Debate

18:15
Adelino Gomes (Provedor do ouvinte da RDP)

18:30
João Braga (Director do “Baluarte”)

18:45
João Coelho (Radialista - Emissor Regional dos Açores - RDP)

19:00
Rogério Santos (Historiador, Professor da Universidade Católica)

sexta-feira, outubro 09, 2009

Post Pré e Pós Autárquicas

"O homem nasceu livre e, no entanto, em toda a parte está aprisionado. Aquele que se julga senhor dos outros não deixa de ser mais escravo do que eles. [...] se um povo é obrigado a obedecer e obedece, procede bem; logo que lhe seja possível libertar-se do jugo e se liberta, procede ainda melhor, pois, recuperando a sua liberdade com o mesmo direito que lha tinham roubado, ou está bem fundado para a reaver, ou não tinham o direito de lha tirar."

quarta-feira, setembro 30, 2009

Paulo Portas está de joelhos

Ontem, o Jornal da Tarde da RTP1 abriu com uma notícia de última hora (ver): "Três escritórios de advogados em Lisboa estão a ser alvos de buscas. Esta operação está relacionada com a compra de dois submarinos quando Paulo Portas era ministro da defesa. Segundo a Revista Sábado estão em causa "suspeitas de corrupção, tráfico de influências e financiamento ilegal de partidos políticos".
Entre outros documentos, o Ministério Público (MP) estará à procura do contrato de financiamento associado à aquisição dos submarinos. Este contrato nunca foi encontrado embora o MP já o tenha pedido diversas vezes a vários ministérios.
O inquérito de aquisição dos subarinos foi aberto em Julho de 2006; identificou uma conta bancária na Suíça por onde terão passado comissões suspeitas de 30 milhões de Euros."

terça-feira, setembro 15, 2009

Campo Golfe com dessalinização

Das entrelinhas nas declarações do responsável máximo pelo ambiente nos Açores, o Secretário Álamo Meneses, chegamos à conclusão de que o abastecimento de água ao Campo de Golfe de Santa Maria (se algum dia for construído) só poderá ser feito recorrendo à dessalinização da água do mar.

Na notícia Lusa cujo texto completo colocamos abaixo, Álamo Meneses afirma que [“as rupturas acontecem em zonas específicas e em anos em que a precipitação é menor”, afectando especialmente “as ilhas mais pequenas e mais baixas”] sendo que [as maiores dificuldades estão nas ilhas Graciosa e Santa Maria.]

[Álamo Meneses recusa-se a admitir que a “curto ou médio prazo” seja necessário pensar na dessalinização, mas admitiu que esta hipótese não pode ser afastada “como solução de futuro”.]

[Nesse sentido, defendeu que “só depois de esgotadas todas as restantes opções é que avançaremos para a dessalinização”, uma solução que “tem custos energéticos”.]


Notícia LUSA:

Açores/Água: Arquipélago tem recursos suficientes, mas é preciso optimizar utilização - secretário regional Ambiente

Angra do Heroísmo, 14 Set (Lusa) - Os Açores possuem água suficiente para responder às necessidades actuais, assegurou à Lusa o secretário regional do Ambiente, Álamo Menezes, alertando, no entanto, para a necessidade de racionalizar e optimizar os recursos existentes.

“A situação é na generalidade boa, pois a natureza concede água em quantidade suficiente”, afirmou, acrescentando que “as rupturas acontecem em zonas específicas e em anos em que a precipitação é menor”, afectando especialmente “as ilhas mais pequenas e mais baixas”.

Álamo Meneses escusou-se a hierarquizar as ilhas em função dos problemas de água que cada uma tem, mas admitiu que, ainda que sem rupturas muito problemáticas, as maiores dificuldades estão nas ilhas Graciosa e Santa Maria.

Para o secretário regional do Ambiente, mais problemática do que a quantidade é a qualidade da água, alegando que os aquíferos, pequenos e com trânsito de água rápido, “são vulneráveis a metais pesados e hidrocarbonetos”.

Para ajudar a resolver este problema, o parlamento açoriano aprovou terça-feira novas regras para a recolha, tratamento e descarga de águas residuais urbanas, aplicáveis em todas as redes e sistemas, independentemente da sua propriedade ou regime de exploração.

Álamo Meneses revelou ainda que vai ser criada uma “entidade reguladora para as águas e resíduos, destinada a acompanhar a realização das análises nos municípios que não estão a cumprir” as regras impostas pelas autoridades comunitárias nesta matéria.

O secretário regional do Ambiente defendeu ainda a necessidade de melhorar as redes de abastecimento para combater as perdas, que actualmente se estima representarem 25 a 30 por cento.

Por outro lado, tendo em vista proteger as nascentes, Álamo Meneses revelou que já existe um projecto para a “mudança dos terrenos de pastagem actualmente existentes juntos às zonas de nascente”.

Álamo Meneses recusa-se a admitir que a “curto ou médio prazo” seja necessário pensar na dessalinização, mas admitiu que esta hipótese não pode ser afastada “como solução de futuro”.

“Estamos longe de esgotar a água que as ilhas possuem e também não esgotamos todas as opções de captação, seja melhorando as zonas de nascente ou através de furos”, afirmou.

Nesse sentido, defendeu que “só depois de esgotadas todas as restantes opções é que avançaremos para a dessalinização”, uma solução que “tem custos energéticos”.

JAS.

Lusa/fim

segunda-feira, agosto 31, 2009

"Pesca ilegal em zonas de reserva natural"

Nem de propósito. Depois da minha proposta de valente quarentena, eis que as autoridades admitem a sua incapacidade de "estarem em todo o lado" (AO).
Se realmente houvesse interesse, seria feito investimento em sistema de detecção de aproximação de embarcações às Formigas ou, pelo menos, seriam apreendidas, em terra, as bóias que não possuíssem referência à embarcação a que pertencem, como é o caso da que temos na foto abaixo.
Se realmente houvesse interesse, seria proibida também a "pesca de salto e vara" nas Formigas pois esta permissão de embarcações não facilita a fiscalização tal como a permissão de redes de peixe de corso junto à costa da Ilha de Santa Maria não facilita a fiscalização das redes de peixe de fundo, estas proibidas. Se fossem totalmente proibidas as redes de qualquer tipo, a fiscalização teria condições de actuar com menos recursos e maior eficácia.
Havemos de chegar lá. Não por opção, mas por necessidade.

sexta-feira, agosto 28, 2009

Valente Quarentena


Este espaço esteve de quarentena. Teve de ser. Tive de lá ir. Conhecer o lugar da razão do nome deste mar: O Ilhéu
das Formigas. [iluminação: se toponímia é para nome de lugares (topo), que será para o nome dos mares? ... marenímia? ... tretas!]
O que interessa é o desinteresse que interesse a alguém o desinteresse no interesse que as formigas têm.
Nas formigas encontrei o que encontro em Santa Maria. Em volta daquele picolo rochedo vi tubarões e um aparelho de pesca de tal enormidade que renderá, aos pseudo-pescadores, a safra do ano que não têm hoje porque não o deixaram desenvolver nos últimos 30 anos em águas onde era ética, política e ambientalmente correcto pescar. Hoje, alguns pescadores, para se manterem à tona de água, vêem-se obrigados a pescar em reservas naturais descurando o facto de saberem que depois disso só há escuridão. Fazia-lhes bem uma quarentena.

sexta-feira, julho 17, 2009

António Guterres

Ontem, no dia seguinte ao meu post anterior onde recordava "as posições de qual a cada momento" sobre o caso do NAV II no final da década de 1990, encontrei, nem mais nem menos, do que o Eng. António Guterres. Estavamos a bordo do Expresso das Ilhas na viagem Horta - Madalena do Pico. Claro, não pude deixar passar esta oportunidade de o cumprimentar e de lhe explicar porque o fazia. Como esperava: um mar de Humanidade.

quarta-feira, julho 15, 2009

Conversa de surdos ou histórias mal "record-adas" (de gravadas nas memórias)

Porque é sempre bom saber das posições de qual a cada momento, reproduzo abaixo o texto do padre Manuel Carlos n' A União:

"Ficou-me registada na memória a defesa que Mota Amaral fez – no início da década de 90 – da manutenção do controlo aéreo do Atlântico na ilha de Stª Maria, mais conhecido por NAV II.

Antecedendo em meses uma “Presidência Aberta” do então Presidente da República, Mário Soares, começaram a surgir notícias dando conta da pretensão de transferir esse controlo para Lisboa e, no próprio aeroporto de Stª Maria, o Presidente da República patrocinou uma vinda do então Ministro dos Transportes (PSD) para justificar a transferência do NAV II. Enquanto o Ministro se defendia com a necessária modernização tecnológica das comunicações e os sobrecustos da dita manutenção em Stª Maria, Mário Soares aproveitava para estimular a anuência por parte da população mariense com a necessidade de compensações pela perda que ia acontecer.

E o então Presidente da Câmara de Vila do Porto foi logo arreando o jogo, pedindo investimentos na área do turismo…

Mas Mota Amaral ainda não tinha falado e, com inteligência, saiu em defesa intransigente dos Açores: “nós necessitamos e queremos emprego qualificado em cada uma das nossas ilhas; se custa mais esse investimento em Stª Maria nós estamos prontos a pagar a diferença, mas não nos retirem do mapa”.

A discussão morreu ali. O presidente da República entendeu que o vento não era favorável e interrompeu o briefing, remetendo para reuniões em Lisboa a continuação da discussão, “longe dos ouvidos dos jornalistas e da população” mariense.

Mais tarde, explicou-me um deputado açoriano à Assembleia da República (do PS) que o argumento que estava em cima da mesa por parte de Lisboa era totalmente outro (e insultuoso), pois algumas importantes cabeças de Lisboa perguntavam “e se ‘aquilo’ se torna independente?”.

Estas recordações vieram a propósito do excelente conteúdo do artigo de opinião que este jornal publicou no passado sábado da autoria de Óscar Malheiro e que rebate, ponto por ponto, toda a argumentação falaciosa que tem sido usada para tentar defender a total concentração dos aviões da SATA em S. Miguel.

Não vou repetir a fundamentada argumentação de Óscar Malheiro, até porque não é fácil de ser sintetizada.

Estamos, de facto, perante uma “conversa de surdos”, porque o que se quer é mesmo concentrar tudo em S. Miguel.

A decisão há muito que está tomada e a ser executada passo a passo. Enquanto essa decisão afectou outras ilhas, descansamos porque ainda não chegara a nossa vez. Mas chegou, e não há terceirenses, com poder e capacidade, a defender o lugar da sua ilha no ‘desenvolvimento harmónico’ dos Açores.

Não se trata de bairrismo nem de birra. Trata-se apenas da pretensão legítima de não sermos preteridos ou arredados para a periferia do mapa nos Açores. Os impostos que os terceirenses pagam são iguais aos dos restantes açorianos, então por que razão as decisões políticas hão-de beneficiar apenas uma ilha?

Mas a arrogância tem um preço elevado e podem estar a lançar as sementes que conduzirão à perda da unidade dos Açores. Creio que é só uma questão de tempo!"

segunda-feira, julho 06, 2009

Concessão Aeroportos ANA.SA

O ministro Mário Lino gosta de lhe chamar "peças", como se estivéssemos a projectar um Novo Aeroporto de Lisboa em Legos. Pois, a realidade é que este processo tem sido empilhado por pequenas peças, levezinhas... muitas delas nem nos damos conta, muito menos aquelas que, aparentemente, deixam ficar tudo como está, apesar de, à volta, tudo estar diferente.
É o caso do projecto de Decreto-Lei que atribui nova e reforçada concessão dos aeroportos da ANA.SA por mais 40 anos e que está em audição na ALRAA. E como esta "peça", ao contrário de outras recentes (1, 2 e 3), não passou incólume à revisão dos deputados regionais, cá veio a ANA.SA colocar uns óculos escuros nos poderes regionais ao anunciar um investimento de 30 milhões em Ponta Delgada ao mesmo tempo que o Sr. ministro reconhecia que, afinal, assim, o projecto do NAL, tal como o "TGV", "jamais" antes das eleições.

domingo, junho 28, 2009

Então Quem Paga?

O Secretário da Presidência do Governo Regional veio a público esclarecer que os Açores não pagam a repavimentação da pista das Lajes (tal como, nem o Governo da República paga a sua manutenção e operação). André Bradford esclareceu mesmo que percentagens de investimento caberão a cada entidade envolvida nesta repavimentação:

25% - Estado Português;

72% - EUA

3% - "entidades que não os dois países"...

Quem?

Quem pagará 3% das obras de repavimentação da pista das Lajes correspondentes ao aumento da placa civil?

Quem são estas "entidades que não os dois países" interessadas em investir mais de 120 mil Euros no aumento da capacidade de estacionamento de aeronaves civis nas Lajes?

Que mercado (negócio) é este que para uns é coisa do passado e para outros é um investimento para o futuro?


Excerto notícia d'A União

Açores não pagam pista

A terceira questão abordada na conferência de imprensa prende-se com a repavimentação da pista das Lajes.

A obra, orçada em cerca de 4 milhões de euros, será paga em 25% pelo Estado Português e 72% pelos EUA com os restantes 3% correspondentes a custos residuais fruto da utilização da pista por entidades que não os dois países.

André Bradford garantiu aos jornalistas que os Açores não vão gastar nada com a repavimentação, sendo esta uma questão que a Região colocou logo como princípio fundamental no início das negociações.

A obra terá início em Janeiro de 2010 e segundo o governante representa uma “melhoria da qualidade daquela infra-estrutura também em benefício da aviação civil Regional e aumenta as condições oferecidas em termos futuros.

http://www.auniao.com/noticias/ver.php?id=16640

Investimento nos Aeroportos dos Açores

A SATA vai investir 36,8 milhões de euros nos aeroportos de São Jorge, Graciosa, Pico e Corvo, anunciou ontem o Governo Regional dos Açores, que aprovou a resolução que estabelece aquele plano de investimentos.

Do plano da SATA - Gestão de Aeródromos, SA, para este ano, constam a ampliação e alargamento da pista de S. Jorge e o reforço do pavimento da pista do aérodromo da ilha do Corvo, a mais pequena do arquipélago.

Este plano abrange ainda o reforço do abastecimento de água do aeródromo de S. Jorge e a fase final de instalação do equipamento ILS no aeroporto do Pico e projecto de construção da torre de controlo do aeródromo da Graciosa.


(...)


O Governo Regional aprovou, por outro lado, um diploma que procede à atribuição de um suplemento de disponibilidade permanente para os funcionários afectos à Aerogare Civil das Lajes, na Terceira.

O suplemento agora proposto abrange funcionários das áreas das operações aeroportuárias, carreiras de informática, encarregados de pessoal auxiliar e assistentes operacionais, que exercem funções como auxiliares administrativos e serventes.


http://www.auniao.com/noticias/ver.php?id=16637

quarta-feira, junho 17, 2009

Dia Mundial de Luta contra a Desertificação e a Seca




Reedito o post:

QUINTA-FEIRA, NOVEMBRO 13

A Desertificação de Santa Maria

O atentado ambiental perpetrado pelos nossos avós nesta porção de terra vai deixando as suas marcas e alastra-se, lentamente, por toda a ilha. Morrem animais à fome, vítimas da seca que se mantém, em pleno Outono, na planície ocidental da ilha oriental.
Importam-se paliativos para minorar os sintomas do problema de base e espera-se que chova mais no próximo ano.
Urge identificar, isolar, consciencializar e atacar o problema:


sábado, junho 13, 2009

Pista militar da base das Lajes vai ser repavimentada


(só para esclarecimento óbvio-inicial para os mais distraídos: não há pista militar das lajes... ou melhor, só há pista militar nas lajes. Desculpem a confusão.)

O que há de novo:
A pista da Terceira será repavimentada;
A aprovação das Lajes para treino dos F-22 está bem encaminhada;
"Já agora", com as obras na pista, aumenta-se a placa civil da aerogare-civil-das-lajes-explorada-directamente-pela-secretaria-regional-da-economia.

A notícia d'A União

PORTUGAL E EUA CHEGAM A ACORDO Repavimentação da pista militar da base das Lajes

Publicado na Sábado, dia 13 de Junho de 2009, em Actualidade

Portugal e Estados Unidos chegaram a um entendimento sobre a repavimentação da pista da base militar das Lajes, anunciou ontem em Bruxelas o ministro da Defesa, Severiano Teixeira, após um encontro com o secretário de Defesa norte-americano, Robert Gates.

Nuno Severiano Teixeira, que se reuniu bilateralmente com Robert Gates à margem da reunião da NATO celebrada entre quinta-feira e ontem em Bruxelas, revelou ainda que Portugal e Estados Unidos estão a negociar um pedido norte-americano com vista à realização de treino militar no espaço aéreo dos Açores, estando também neste caso o processo "bem encaminhado".

"A repavimentação da pista da base das Lajes está acordada. Portugal deu o seu acordo à divisão de custos", disse Severiano Teixeira, apontando que o compromisso passa por "cerca de dois terços" dos custos serem suportados pelos Estados Unidos e "um terço" por Portugal.

Estando o projecto orçado em 4,5 milhões de euros, os encargos serão assim na ordem dos três milhões de euros para os Estados Unidos e 1,5 milhões de euros para Portugal, valor "já programado no próximo Orçamento de Estado", precisou o ministro.

A repavimentação da pista das Lajes, considerada "importante" por Severiano Teixeira, "avançará muito em breve", completou.

O ministro da Defesa revelou ainda que existe um "pedido dos Estados Unidos para a realização de treino militar na zona aérea dos Açores", uma matéria que já "foi tratada entre as forças aéreas dos dois países" num plano técnico, e que se encontra "bem encaminhada".

O responsável governamental explicou que já foram "apresentados os requisitos de natureza militar que são exigidos para fazer esse treino e houve que fazer ainda, no plano técnico, um estudo para ver como se podem compatibilizar os requisitos de natureza militar com o tráfego civil", já realizado pela pela NAV (Navegação Aérea de Portugal), e que apontou no sentido de uma compatibilidade.

"Portanto a resposta é uma resposta, em princípio, positiva", apontou, ressalvando que ainda é necessário proceder a uma avaliação de custos económicos, de impacto ambiental e, do ponto de vista diplomático, ainda é necessário o envolvimento do ministério dos Negócios Estrangeiros.

Questionado sobre que benefícios resultarão para Portugal, o ministro limitou-se a dizer que "naturalmente que as contrapartidas terão que existir".

Nuno Severiano Teixeira acrescentou que no encontro com o secretário de Estado norte-americano, e além dos temas de agenda bilateral, foram ainda abordadas "as operações onde ambos os países estão empenhados, em particular no Afeganistão".

sexta-feira, junho 12, 2009

Lucidez

Os Açores começam a dar os primeiros passos no turismo, mas dependem largamente da produção leiteira. É suficiente para assegurar o seu desenvolvimento?
Não, de maneira nenhuma. Os Açores são um bom exemplo do que estava a dizer. Os Açores têm o seu futuro indissoluvelmente ligado ao Atlântico e ao papel do Atlântico. Um Portugal que desvaloriza o Atlântico, é um Portugal que não ajuda os Açores, um Portugal que valoriza o Atlântico é um Portugal que ajuda os Açores. O principal recurso natural dos Açores é o mar, não é os prados que permitem fazer a carne e o leite, que são um bom recurso, mas o mar é mais visível e tem muito maior dimensão. O mar é um recurso que exige muito mais conhecimento para valorizar e, portanto, os Açores precisam de diversificar a sua base económica e de prestar atenção ao mar, e para prestar atenção ao mar e para usar o mar como factor de desenvolvimento económico e social, precisam de apostar na Educação, precisam de atrair actividades de ciência, tecnologia, precisam de se tornar relevantes, não campeões do mundo, mas relevantes naquelas regiões e pólos que fazem riqueza e trabalham em torno do mar. Essa é seguramente uma das áreas de investigação. É preciso chamar o turismo para desenvolver os Açores e não oferecer alguns hectares dos Açores para um turismo indiferenciado. Há uma diferença muito grande entre as duas coisas e seguramente que os Açores podem surgir como uma nova fronteira turística, desde que o turismo seja chamado a contribuir efectivamente para o desenvolvimento dos Açores, ou seja, um turismo sustentável, um turismo diferenciado por exemplo do da Madeira, do Algarve e de outras ilhas que existem no Atlântico. Os Açores têm um conjunto de características e podem desenvolver um conjunto de características não naturais, que são associadas à cultura, à animação, que podem potenciar um produto turístico muito atractivo. Mas, mais uma vez, se Portugal tiver sucesso na construção de um novo aeroporto na região de Lisboa, que seja um aeroporto muito competitivo, feito com portugueses e com operadores internacionais com companhias e-service e low cost, esse aeroporto pode ser uma grande contribuição para o desenvolvimento do turismo dos Açores. Não se pode pensar o desenvolvimento dos Açores só a partir dos Açores, não se pode pensar o desenvolvimento dos Açores como apenas a compensação da insularidade, tem que se pensar os Açores inseridos em Portugal, tem que se pensar que na estratégia de desenvolvimento de Portugal têm que estar coisas em que os Açores se revejam e que sejam muito positivas para os Açores, e depois tem que se desenvolver a nível regional e local os aspectos mais finos dessa estratégia.

quinta-feira, junho 04, 2009

Mais de 2 é uma Revolução!

Acabei de me cruzar, no espaço de 5 metros, com dois grupos de 3 jovens que mantinham, apaixonadamente, uma discussão. Ao passar por eles cusquei…

“… o Q400 é o avião mais evoluído da sua gama, já o Q200…” claro que pelo meio se ouvia “mas, mas…” e “hehe…”

No grupo logo de seguida, escutei: “… é verdade que para compreender a história dos Açores é preciso conhecer a História de Portugal, agora…” 

segunda-feira, junho 01, 2009

Navegação aérea no discurso político regional

Finalmente! Referência ao sector da navegação aérea no discurso do nosso Presidente de há 12 anos.

Excerto discurso de Carlos César:
"O país político não deve esquecer o capital multiplicador do enquadramento geoestratégico dos Açores, nem muito menos esquecer que a dimensão portuguesa está para além da sua insuficiente faixa continental. Aliás, em vários aspectos, a relevância açoriana é evidente: na navegação marítima e aérea, na política de pescas, ou no potencial de localização de centros reguladores, tecnológicos ou de investigação. No plano da segurança internacional, os Açores são um activo em revalorização constante: os Açores são a fronteira de segurança próxima da América e são a mais relevante fronteira europeia de cooperação internacional em matéria de segurança do Mundo Ocidental"
Links:

Museu da Aviação

Na notícia do PRIMEIRO PÓLO (já vão nos polos) do Museu do Tabaco na freguesia da Maia, publicado hoje no Jornal A União, apenas substitui "do Tabaco" por "da Aviação" e o seu local de instalação. Todo o restante texto mantem-se. Resultado interessante:
A secretária regional do Trabalho e Solidariedade Social inaugurou, sábado, o primeiro pólo do Museu [da aviação], na freguesia de [Vila do Porto], concelho [de Vila do Porto], [Santa Maria], num projecto considerado pela governante como “extremamente inovador”.
Ana Paula Marques classificou, ainda, a iniciativa de “importante”, uma vez que permitirá, entre outros, a criação de postos de trabalho, o reforço da empregabilidade, consolidando e completando o sistema local de emprego, bem como a integração no mercado de trabalho de indivíduos e grupos desfavorecidos.
O Governo dos Açores, através da Secretaria Regional do Trabalho e Solidariedade Social, comparticipa, actualmente, com mais de 129 mil euros, o funcionamento das actividades sociais, directamente, ligadas ao Museu da Aviação, como espaço de integração sócio-profissional para as pessoas mais desfavorecidas e de educação e formação sócio-cultural de crianças e jovens, colaborando, assim, activamente, no impacto desta estrutura no desenvolvimento sócio-educativo e no bem-estar social da comunidade local.
Para a secretária regional do Trabalho e Solidariedade Social, o primeiro pólo do Museu [da Aviação] “extrapola o simples conceito de espaço onde existe uma colecção de objectos referentes a um determinado tempo histórico de uma determinada actividade industrial, à volta do qual cresceu uma determinada comunidade”.
Neste contexto, Ana Paula Marques referiu que, apesar de o museu transportar um conceito tradicional, o espaço afirma-se com “uma dinâmica de desenvolvimento, baseada no empenho das instituições e da população da Maia, das suas capacidades em gerar processos de mudança, a partir da sua identidade, opondo-se à visão tradicional em que a história é assumida, na sua tradução espacial”.
O primeiro pólo do Museu [da Aviação] tem como objectivo promover o desenvolvimento local das comunidades rurais, criar sinergias e tornar-se num núcleo de atractividade ligado às actividades turísticas e culturais.
O projecto denominado Extremos surgiu em 2004 e contou com uma parceria entre o Instituto de Acção Social e a Santa Casa da Misericórdia da Maia, tendo sido co-financiado pelo Governo dos Açores, através do programa comunitário INTERREG, em 600 mil euros.

adaptado de A União

quinta-feira, maio 14, 2009

SATA Air Açores assiste Delta Air Lines

O serviço de handling da SATA Air Açores vai passar a prestar serviço aos voos da quarta maior companhia do mundo nos voos transatlânticos que necessitem de escala nos Açores. Será mais um indício de que mais e muito mais longas rotas precisam de ser feitas com aparelhos mais pequenos de forma a satisfazer pequenos nichos de mercado que não estão disponíveis para perderem imenso tempo em ziguezagues via Londres, Munique, Madrid etc;
Será mais uma prova de que o tráfego aéreo internacional não quer uma escala nos Açores por necessidade (a maioria dos aparelhos modernos ligam as duas margens em voo directo) mas sim por opção; opção tão válida como fazer escala em outro aeroporto nas margens do atlântico; opção mais eficiente e rápida por serem aeroportos com muito pouco tráfego e espaço aéreo não congestionado onde separações oceânicas de 10 min passam rapidamente para separações radar que temos a oriente da zona de controlo terminal dos Açores.

É claro o crescimento do nicho de mercado que são as escalas técnicas. Agora, será necessário determinar qual aeroporto deve abraçar esta função. Parece-me claro:

As Lajes, como base militar que é, obriga a que as aeronaves civis solicitem autorização de aterragem (PPR) com 15 dias de antecedência, o que será inviável para voos transatlâticos, cujas rotas variam conforme as condições de navegação;
Nas Lajes está proíbida a operação nocturna de aeronaves civis por via da Lei do Ruído;
A Aerogare Civil das Lajes (onde é prestado serviço a aeronaves civis) é um orgão da Secretaria da Economia do Governo Regional dos Açores, pelo que não deverá ser concorrente de uma empresa de capitais publico-privados em vias de privatização;
A aerogare civil das Lajes não tem quaisquer custos com manutenção de infra-estruturas aeroportuárias e socorros que a empresa ANA.SA tem pelo que seria desleal estar em concorrência;
A armazenagem (feita pela SAAGA - capitais públicos regionais) e o comércio de combustíveis, pelo volume que tem nas Lajes por via de fornecer as forças aéreas de Portugal e dos Estados Unidos da América, conseguem praticar preços que os restantes aeroportos, que não bases aéreas, nunca conseguirão per si.

Circulam na Ilha Terceira 137 Milhões de Euros anualmente por via da Base Norte-americana. (post: Impacto Económico da Base das Lajes na Terceira em 2008)

Notícia Lusa via Diário Digital


O contrato assinado entre a Delta Air Lines e a Direcção Geral de Handling da SATA Air Açores prevê a assistência em terra nos aeroportos de Santa Maria e das Lajes, na ilha Terceira. "A assinatura deste contrato de prestação de serviço visa essencialmente fazer face a necessidades de reabastecimento que surjam quando os aviões da Delta cruzam o Atlântico Norte", refere a companhia aérea açoriana.

A empresa salienta que a opção da companhia norte-americana pelo handling da SATA Air Açores teve em conta não apenas a localização geográfica mas também a qualidade de serviço prestada. Nesse sentido recorda que as escalas de Santa Maria e das Lajes integram as nove escalas da empresa açoriana que recentemente receberam a certificação ISO 9001:2008, que atesta a qualidade do serviço prestado às companhias aéreas e aos seus passageiros.

A SATA Air Açores foi a primeira empresa portuguesa de handling que recebeu este certificado de qualidade.

Diário Digital / Lusa 

Impacto Económico da Base das Lajes na Terceira em 2008

- Aquisição de bens e serviços no comércio local açoriano:  68,1 milhões de euros
- Vencimentos pagos aos trabalhadores portugueses ao serviço do comando norte-americano: 35,8 milhões de euros
- Despesas com serviços e material: 29 milhões de euros.
- Contratos de serviços temporários: 4,4 milhões de euros
- Isto tudo somada vem dar: 137,3 milhões de euros

O volume de contratos com o comércio açoriano aumentou de sete por cento em 1999 para 47,5 por cento em 2008.

Fonte: Notícia Açoriano Oriental

Americanos gastam menos nas Lajes
O destacamento norte-americano da Base das Lajes gastou no ano passado 68,1 milhões de euros na aquisição de bens e serviços no comércio local açoriano, o que representou uma quebra de 15,3 milhões relativamente a 2007.
Filomena Meneses, da secção de contratos daquele destacamento, justificou a redução pelo facto de “ter diminuído o número de obras de construção civil, nomeadamente com a conclusão da reconstrução do molhe do porto norte-americano”. Apesar desta quebra, garantiu que “as verbas disponíveis são sempre gastas, em mais de 50 por cento, no comércio local, construção civil e serviços”.
Os dados foram revelados na abertura de uma exposição de produtos açorianos promovida pelo destacamento norte-americano da Base das Lajes, na ilha Terceira, que recebeu cerca de meia centena de empresários locais que pretendem estabelecer acordos negociais para o próximo ano fiscal. Na ocasião foi também revelado que os vencimentos pagos aos trabalhadores portugueses ao serviço do comando norte-americano cresceram para 35,8 milhões de euros, o que representa um aumento de 5,3 milhões, enquanto as despesas com serviços e material caíram de 48,9 milhões para 29 milhões de euros.
Os contratos de serviços temporários, em regra por um período de um ano, diminuíram de 5,4 para 4,4 milhões de euros. A responsável pela secção de contratos do destacamento norte-americano frisou ainda que, excluindo a construção civil, o volume de contratos com o comércio açoriano aumentou de sete por cento em 1999 para 47,5 por cento em 2008. “O próximo objectivo é alcançar e até ultrapassar a meta dos 50 por cento, mas isso depende da dinâmica dos empresários”, afirmou.
Filomena Meneses admitiu a possibilidade de aumentar o volume de negócios com os empresários locais, atendendo a que “já apresentam artigos, nomeadamente de informática, mobiliário e material de escritório, com elevada qualidade”. “A sua atitude profissional também mudou muito, adoptando uma postura de rigor, qualidade e cumprimento dos prazos de entrega”, acrescentou. Os gastos dos militares norte-americanos abrangem serviços de limpeza, jardinagem e estiva, aquisição de águas minerais, frutas, ovos, vegetais, peixe, flores, plantas e pão, bem como mobiliário, material de escritório e informático.
Os norte-americanos chegaram à ilha Terceira em Fevereiro de 1944 e desde aquela data que as instalações militares, com um perímetro superior a 10 quilómetros quadrados, são consideradas de extrema importância para os norte-americanos.
As Lajes têm apoiado diversas acções norte-americanas, a primeira das quais, em 1948, na ponte aérea de Berlim para os EUA denominada “Operação Vittles” que levou ao trânsito de mais de três mil aeronaves.
Apoiaram ainda forças militares norte-americanas nas suas intervenções no Líbano (1958), nos esforços de paz das Nações Unidas no Congo (1961), durante a Guerra do Yom Kippur entre Israel e Países Árabes (1973) e como ponto de reabastecimento da operação “Tempestade no Deserto” posta em marcha para o Iraque (1991). ||
Lusa

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