sábado, junho 13, 2009

Pista militar da base das Lajes vai ser repavimentada


(só para esclarecimento óbvio-inicial para os mais distraídos: não há pista militar das lajes... ou melhor, só há pista militar nas lajes. Desculpem a confusão.)

O que há de novo:
A pista da Terceira será repavimentada;
A aprovação das Lajes para treino dos F-22 está bem encaminhada;
"Já agora", com as obras na pista, aumenta-se a placa civil da aerogare-civil-das-lajes-explorada-directamente-pela-secretaria-regional-da-economia.

A notícia d'A União

PORTUGAL E EUA CHEGAM A ACORDO Repavimentação da pista militar da base das Lajes

Publicado na Sábado, dia 13 de Junho de 2009, em Actualidade

Portugal e Estados Unidos chegaram a um entendimento sobre a repavimentação da pista da base militar das Lajes, anunciou ontem em Bruxelas o ministro da Defesa, Severiano Teixeira, após um encontro com o secretário de Defesa norte-americano, Robert Gates.

Nuno Severiano Teixeira, que se reuniu bilateralmente com Robert Gates à margem da reunião da NATO celebrada entre quinta-feira e ontem em Bruxelas, revelou ainda que Portugal e Estados Unidos estão a negociar um pedido norte-americano com vista à realização de treino militar no espaço aéreo dos Açores, estando também neste caso o processo "bem encaminhado".

"A repavimentação da pista da base das Lajes está acordada. Portugal deu o seu acordo à divisão de custos", disse Severiano Teixeira, apontando que o compromisso passa por "cerca de dois terços" dos custos serem suportados pelos Estados Unidos e "um terço" por Portugal.

Estando o projecto orçado em 4,5 milhões de euros, os encargos serão assim na ordem dos três milhões de euros para os Estados Unidos e 1,5 milhões de euros para Portugal, valor "já programado no próximo Orçamento de Estado", precisou o ministro.

A repavimentação da pista das Lajes, considerada "importante" por Severiano Teixeira, "avançará muito em breve", completou.

O ministro da Defesa revelou ainda que existe um "pedido dos Estados Unidos para a realização de treino militar na zona aérea dos Açores", uma matéria que já "foi tratada entre as forças aéreas dos dois países" num plano técnico, e que se encontra "bem encaminhada".

O responsável governamental explicou que já foram "apresentados os requisitos de natureza militar que são exigidos para fazer esse treino e houve que fazer ainda, no plano técnico, um estudo para ver como se podem compatibilizar os requisitos de natureza militar com o tráfego civil", já realizado pela pela NAV (Navegação Aérea de Portugal), e que apontou no sentido de uma compatibilidade.

"Portanto a resposta é uma resposta, em princípio, positiva", apontou, ressalvando que ainda é necessário proceder a uma avaliação de custos económicos, de impacto ambiental e, do ponto de vista diplomático, ainda é necessário o envolvimento do ministério dos Negócios Estrangeiros.

Questionado sobre que benefícios resultarão para Portugal, o ministro limitou-se a dizer que "naturalmente que as contrapartidas terão que existir".

Nuno Severiano Teixeira acrescentou que no encontro com o secretário de Estado norte-americano, e além dos temas de agenda bilateral, foram ainda abordadas "as operações onde ambos os países estão empenhados, em particular no Afeganistão".

1 comentário:

carlosribeiro disse...

mais barulho, maiores índices de radiação, afastamento de colónias animais (peixes e aves essencialmente), maior poluição. Tudo por troca de uns dolares debaixo da mesa. Assim os açores não vão lá nem com gastos em campanhas para turismo. O slogan Açores Natureza viva, acabou mesmo.