- Aquisição de bens e serviços no comércio local açoriano: 68,1 milhões de euros
- Vencimentos pagos aos trabalhadores portugueses ao serviço do comando norte-americano: 35,8 milhões de euros
- Despesas com serviços e material: 29 milhões de euros.
- Contratos de serviços temporários: 4,4 milhões de euros
- Isto tudo somada vem dar: 137,3 milhões de euros
O volume de contratos com o comércio açoriano aumentou de sete por cento em 1999 para 47,5 por cento em 2008.
Fonte: Notícia Açoriano Oriental
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O destacamento norte-americano da Base das Lajes gastou no ano passado 68,1 milhões de euros na aquisição de bens e serviços no comércio local açoriano, o que representou uma quebra de 15,3 milhões relativamente a 2007. Filomena Meneses, da secção de contratos daquele destacamento, justificou a redução pelo facto de “ter diminuído o número de obras de construção civil, nomeadamente com a conclusão da reconstrução do molhe do porto norte-americano”. Apesar desta quebra, garantiu que “as verbas disponíveis são sempre gastas, em mais de 50 por cento, no comércio local, construção civil e serviços”. Os dados foram revelados na abertura de uma exposição de produtos açorianos promovida pelo destacamento norte-americano da Base das Lajes, na ilha Terceira, que recebeu cerca de meia centena de empresários locais que pretendem estabelecer acordos negociais para o próximo ano fiscal. Na ocasião foi também revelado que os vencimentos pagos aos trabalhadores portugueses ao serviço do comando norte-americano cresceram para 35,8 milhões de euros, o que representa um aumento de 5,3 milhões, enquanto as despesas com serviços e material caíram de 48,9 milhões para 29 milhões de euros. Os contratos de serviços temporários, em regra por um período de um ano, diminuíram de 5,4 para 4,4 milhões de euros. A responsável pela secção de contratos do destacamento norte-americano frisou ainda que, excluindo a construção civil, o volume de contratos com o comércio açoriano aumentou de sete por cento em 1999 para 47,5 por cento em 2008. “O próximo objectivo é alcançar e até ultrapassar a meta dos 50 por cento, mas isso depende da dinâmica dos empresários”, afirmou. Filomena Meneses admitiu a possibilidade de aumentar o volume de negócios com os empresários locais, atendendo a que “já apresentam artigos, nomeadamente de informática, mobiliário e material de escritório, com elevada qualidade”. “A sua atitude profissional também mudou muito, adoptando uma postura de rigor, qualidade e cumprimento dos prazos de entrega”, acrescentou. Os gastos dos militares norte-americanos abrangem serviços de limpeza, jardinagem e estiva, aquisição de águas minerais, frutas, ovos, vegetais, peixe, flores, plantas e pão, bem como mobiliário, material de escritório e informático. Os norte-americanos chegaram à ilha Terceira em Fevereiro de 1944 e desde aquela data que as instalações militares, com um perímetro superior a 10 quilómetros quadrados, são consideradas de extrema importância para os norte-americanos. As Lajes têm apoiado diversas acções norte-americanas, a primeira das quais, em 1948, na ponte aérea de Berlim para os EUA denominada “Operação Vittles” que levou ao trânsito de mais de três mil aeronaves. Apoiaram ainda forças militares norte-americanas nas suas intervenções no Líbano (1958), nos esforços de paz das Nações Unidas no Congo (1961), durante a Guerra do Yom Kippur entre Israel e Países Árabes (1973) e como ponto de reabastecimento da operação “Tempestade no Deserto” posta em marcha para o Iraque (1991). || | |||
Lusa |
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