segunda-feira, outubro 08, 2007

Congresso da Carne: o que me escapou

Desde o dia 4 de Agosto que tenho umas dúvidas à espera de serem esclarecidas neste III Congresso da Carne que se realizou na ilha de Santa Maria. Mas, até agora, nada!
Porquê no dia 4 de Agosto? Foi nesse dia que o jornal A União noticiou que estava a ser preparado o esquema de abate da Carne dos Açores IGP: seria centralizado na ilha do Pico, pois, esta ilha tem um novo e moderno matadouro e está no centro do arquipélago.
Quais as dúvidas?
- Se os lavradores marienses são dos que mais engordam a estatística dos produtores açorianos certificados IGP;
-Se os lavradores marienses não têm expressão na fileira do leite, ao ponto de até o Corvo ter mais vacas leiteiras e quota leiteira do que Santa Maria;
- Se as condições naturais do pastoreio da ilha levaram a que se investisse as energias neste sector da agropecuária - a carne - em detrimento do leite;
- Se, finalmente, os marienses têm um matadouro totalmente equipado e preparado para ser certificado IGP (depois de serem construídas em todas as ilhas unidades industriais de transformação e outros investimentos no sector da agropecuária - leite, dando-lhes a possibilidade de valorizarem os seus produtos);
Porque razão terão os lavradores marienses de continuar a exportar o seu gado vivo e assim desvalorizar o seu melhor bife?
Porque razão terá a lavoura mariense de continuar a dar sustento apenas ao lavrador e não se desenvolve numa pequena industria transformadora?

Generalizando: porque é que quando estamos no centro do Atlântico somos um rochedo e quando somos uma ilha, somos periferia?

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