Na semana passada surgiu a notícia de que os "Aeroportos das ilhas e do Porto [serão] incluídos na venda da ANA".
Mas então... e os aeródromos da Graciosa e de São Jorge? Não têm a mesma dimensão que as Flores?
E o Pico? Não é um aeroporto totalmente equipado com tráfegos já da ordem de Santa Maria e Faial?
Estes aeroportos, nas mãos da SATA-aeródromos, não terão custos difíceis de suportar que devem, em coerência, ser englobados na gestão global do complexo de aeroportos de Portugal? Não são estes, também, "peso-morto"?
E as Lajes? Continuará a ser saco-lilás da Secretaria da Economia?
Se a ANA-Aeroportos vai ficar com Lisboa, Porto, Faro, [talvez até] Beja, Madeira, Porto Santo, Santa Maria, Ponta Delgada, Faial e Flores... porque razão não fica com Graciosa, São Jorge, Pico e Corvo?
Se o argumento é o "receio de que as operações cronicamente deficitárias dos aeroportos dos Açores e da Madeira provoquem no futuro um peso-morto nos orçamentos das Regiões Autónomas e da própria República Portuguesa" porque é que deixam os mais pequenos de fora e ficam com os melhores?
Ou tudo ou nada:
Se é para englobar, que se englobe tudo.
Se é para dividir, que se divida de forma a que possa haver concorrência entre os vários conjuntos de aeroportos. - Preferível!
Deixar tudo na mesma vai amarrar o país ao conceito de aeroporto-metrópole, como se o 25 de Abril nunca tivesse passado pelos aeroportos.
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