“Os jovens deparam-se com problemas tão graves ou talvez mais graves do que aqueles que nós tivemos que enfrentar – o desemprego por exemplo. Por vezes não têm recursos… o sistema ultrapassa-os, o sistema oprime-os, criando-lhes uma aparência de liberdade. (...) Eu creio que a única atitude foi aquela que nós tivemos. “Nós”, eu refiro-me à minha geração. De recusa frontal; de recusa inteligente; se possível até pela insubordinação; se possível até pela subversão do modelo de sociedade que lhes está a ser oferecido. Com belos discursos; com o fundamento da legalidade democrática; com o fundamento do respeito pelos direitos dos cidadãos… é de facto uma sociedade teleguiada de longe por qualquer FMI; por qualquer “Deus” banqueiro… que é imposta aos jovens de hoje. Tal como nós, eles têm que a combater; tem que a destruir; tem que a enfrentar com todas as suas forças... organizando-se para criarem a sociedade que têm em mente que não é – estou convencido – a sociedade de hoje.”
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