quarta-feira, setembro 30, 2009

Paulo Portas está de joelhos

Ontem, o Jornal da Tarde da RTP1 abriu com uma notícia de última hora (ver): "Três escritórios de advogados em Lisboa estão a ser alvos de buscas. Esta operação está relacionada com a compra de dois submarinos quando Paulo Portas era ministro da defesa. Segundo a Revista Sábado estão em causa "suspeitas de corrupção, tráfico de influências e financiamento ilegal de partidos políticos".
Entre outros documentos, o Ministério Público (MP) estará à procura do contrato de financiamento associado à aquisição dos submarinos. Este contrato nunca foi encontrado embora o MP já o tenha pedido diversas vezes a vários ministérios.
O inquérito de aquisição dos subarinos foi aberto em Julho de 2006; identificou uma conta bancária na Suíça por onde terão passado comissões suspeitas de 30 milhões de Euros."

terça-feira, setembro 15, 2009

Campo Golfe com dessalinização

Das entrelinhas nas declarações do responsável máximo pelo ambiente nos Açores, o Secretário Álamo Meneses, chegamos à conclusão de que o abastecimento de água ao Campo de Golfe de Santa Maria (se algum dia for construído) só poderá ser feito recorrendo à dessalinização da água do mar.

Na notícia Lusa cujo texto completo colocamos abaixo, Álamo Meneses afirma que [“as rupturas acontecem em zonas específicas e em anos em que a precipitação é menor”, afectando especialmente “as ilhas mais pequenas e mais baixas”] sendo que [as maiores dificuldades estão nas ilhas Graciosa e Santa Maria.]

[Álamo Meneses recusa-se a admitir que a “curto ou médio prazo” seja necessário pensar na dessalinização, mas admitiu que esta hipótese não pode ser afastada “como solução de futuro”.]

[Nesse sentido, defendeu que “só depois de esgotadas todas as restantes opções é que avançaremos para a dessalinização”, uma solução que “tem custos energéticos”.]


Notícia LUSA:

Açores/Água: Arquipélago tem recursos suficientes, mas é preciso optimizar utilização - secretário regional Ambiente

Angra do Heroísmo, 14 Set (Lusa) - Os Açores possuem água suficiente para responder às necessidades actuais, assegurou à Lusa o secretário regional do Ambiente, Álamo Menezes, alertando, no entanto, para a necessidade de racionalizar e optimizar os recursos existentes.

“A situação é na generalidade boa, pois a natureza concede água em quantidade suficiente”, afirmou, acrescentando que “as rupturas acontecem em zonas específicas e em anos em que a precipitação é menor”, afectando especialmente “as ilhas mais pequenas e mais baixas”.

Álamo Meneses escusou-se a hierarquizar as ilhas em função dos problemas de água que cada uma tem, mas admitiu que, ainda que sem rupturas muito problemáticas, as maiores dificuldades estão nas ilhas Graciosa e Santa Maria.

Para o secretário regional do Ambiente, mais problemática do que a quantidade é a qualidade da água, alegando que os aquíferos, pequenos e com trânsito de água rápido, “são vulneráveis a metais pesados e hidrocarbonetos”.

Para ajudar a resolver este problema, o parlamento açoriano aprovou terça-feira novas regras para a recolha, tratamento e descarga de águas residuais urbanas, aplicáveis em todas as redes e sistemas, independentemente da sua propriedade ou regime de exploração.

Álamo Meneses revelou ainda que vai ser criada uma “entidade reguladora para as águas e resíduos, destinada a acompanhar a realização das análises nos municípios que não estão a cumprir” as regras impostas pelas autoridades comunitárias nesta matéria.

O secretário regional do Ambiente defendeu ainda a necessidade de melhorar as redes de abastecimento para combater as perdas, que actualmente se estima representarem 25 a 30 por cento.

Por outro lado, tendo em vista proteger as nascentes, Álamo Meneses revelou que já existe um projecto para a “mudança dos terrenos de pastagem actualmente existentes juntos às zonas de nascente”.

Álamo Meneses recusa-se a admitir que a “curto ou médio prazo” seja necessário pensar na dessalinização, mas admitiu que esta hipótese não pode ser afastada “como solução de futuro”.

“Estamos longe de esgotar a água que as ilhas possuem e também não esgotamos todas as opções de captação, seja melhorando as zonas de nascente ou através de furos”, afirmou.

Nesse sentido, defendeu que “só depois de esgotadas todas as restantes opções é que avançaremos para a dessalinização”, uma solução que “tem custos energéticos”.

JAS.

Lusa/fim